Dopamina: Busca Desenfreada por Estímulos e a Perda da Satisfação na Vida

No mundo moderno, a compulsão por estímulos rápidos e recompensas instantâneas tem levado a uma crescente insatisfação. A psiquiatra norte-americana Anna Lembke, chefe da clínica de vícios da Universidade Stanford, explica que o excesso de prazer pode nos tornar infelizes. Em seu livro Não Dopamina, ela discute como esse neurotransmissor, ligado à motivação e ao sistema de recompensa cerebral, influencia nosso comportamento.

A dopamina é liberada em resposta a atividades prazerosas, como comer chocolate (+55%), fazer sexo (+100%), fumar nicotina (+150%) ou consumir cocaína (+225%). Entretanto, o corpo busca sempre um equilíbrio, e após uma alta nos níveis desse neurotransmissor, ocorre uma queda que pode resultar em ansiedade, depressão e irritabilidade. O problema surge quando buscamos constantemente esses picos de prazer, levando a um ciclo de compulsão e tolerância, onde são necessárias doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito.

Lembke alerta que a tecnologia e a abundância moderna transformaram muitas experiências cotidianas em potenciais vícios, desde redes sociais até compras online. Essa busca incessante por novidades e estímulos intensos pode nos tornar indiferentes ao sofrimento alheio e cada vez menos satisfeitos com experiências comuns.

A psiquiatra compartilha sua própria luta contra um comportamento compulsivo com livros de erotismo soft, mostrando que mesmo especialistas podem ser vítimas desse fenômeno. Ela defende a necessidade de aprender a tolerar o desconforto, sugerindo estratégias como a exposição a experiências desconfortáveis, como banhos frios, para fortalecer a resiliência mental.

Outro ponto abordado é o perigo da busca incessante pelo alívio da dor, incluindo o uso excessivo de medicamentos para evitar o sofrimento. Segundo Lembke, proteger as pessoas, especialmente as crianças, de qualquer dificuldade pode impedi-las de desenvolver a força mental necessária para lidar com desafios futuros.

Por fim, a psiquiatra sugere que, em vez de recorrer a fármacos para nos adaptar ao mundo moderno, devemos reconsiderar a maneira como interagimos com ele, buscando um equilíbrio entre prazer e desconforto para encontrar uma satisfação mais duradoura na vida.

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